Esse sentido de ser (o "eu sou") permeia o universo inteiro e,
de sua força gravitacional, nascem todas as coisas.
Trata-se d'Aquele
"Amor que move o Sol e as outras estrelas", do Deus onipresente das
escrituras, do "Alpha e o Ômega".
Nos seres sencientes, ele gera a sensação de ser e, consequentemente a idéia de
individualidade - portanto, de
separação - necessária para que essa divina comédia, essa Leela baseada na
dualidade, possa se manifestar.
A libertação (auto-realização ou iluminação) representa a clara realização de
que, em verdade, não somos esse corpo-mente que acreditávamos ser, mas somos
esse mesmo Ser impessoal, Aquilo que é a origem de todo o mundo manifesto.
Descobrimos Aquilo quando, verificados todos os atos falhos da mente para
contê-lo, finalmente aceitamos essa impossibilidade e, no silencio dessa
entrega, nesse abandono descobrimos uma espécie de "outro sentido"...
além de qualquer sentido. Uma apercepção da unidade evidente que somos enquanto Consciência inclusiva.
Um olhar claro e puro que denota esse esplendido paradoxo
(nem isso nem aquilo.....isso e aquilo), essa atenção pacifica.... essa
infinita e desconfinada planíce sem tempo, o Ser impessoal que é o Amor e nosso
verdadeiro lar.
Esse é o alcance que a descoberta de não ser uma entidade individualizada nos
regala.
Essa é a "boa nova".
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