Advaita: o Caminho sem Caminho

sábado, 30 de maio de 2015

SILÊNCIO E SOLIDÃO - RAMANA MAHARSHI

Diálogo entre  Discípulo (D) e Ramana Maharshi (M)


D: Um voto de silêncio é útil?
M: O silêncio interior é autoentrega. E isso é viver sem o sentido do ego.

D: A solidão é necessária para um sannyasin (renunciante)?
M: A solidão está na mente do homem. Um indivíduo pode estar na parte mais agitada do mundo e ainda assim manter perfeita serenidade de espírito; essa pessoa está sempre em solidão. Outro pode estar na floresta, mas ainda assim ser incapaz de controlar a sua mente. Não se pode dizer que está em solidão. A solidão é uma atitude da mente; um homem apegado às coisas da vida não pode experimentar a solidão, independentemente de onde esteja. Um indivíduo desapegado está sempre na solidão.

D: O que é o Mauna (silêncio)?
M: O estado que transcende a fala e o pensamento é Mauna; é meditação sem atividade mental. Subjugação da mente é meditação; meditação profunda é o discurso eterno. O silêncio é a fala ininterrupta, é o fluxo perene da "linguagem". Ele é interrompido pelo fala r, porque as palavras obstruem essa 'linguagem' muda.
Palestras podem entreter as pessoas por horas sem torná-las melhores. O silêncio, por outro lado, é permanente e beneficia a toda a humanidade. . . por silêncio se entende eloquência. Palestras não são tão eloquentes quanto o silêncio. O silêncio é a eloquência incessante. . . é a melhor linguagem. Há um estado em que as palavras cessam e o silêncio prevalece.

D: Como então podemos comunicar nossos pensamentos um ao outro?
M: Isso se torna necessário se o senso de dualidade existir...

EXTRAÍDO DO LIVRO O EVANGELHO DE MAHARISHI

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