Diálogo entre Discípulo (D) e Ramana Maharshi (M)
D:
Um voto de silêncio é útil?
M:
O silêncio interior é autoentrega. E isso é viver sem o sentido do ego.
D:
A solidão é necessária para um sannyasin (renunciante)?
M:
A solidão está na mente do homem. Um indivíduo pode estar na parte mais agitada
do mundo e ainda assim manter perfeita serenidade de espírito; essa pessoa está
sempre em solidão. Outro pode estar na floresta, mas ainda assim ser incapaz de
controlar a sua mente. Não se pode dizer que está em solidão. A solidão é uma
atitude da mente; um homem apegado às coisas da vida não pode experimentar a
solidão, independentemente de onde esteja. Um indivíduo desapegado está sempre
na solidão.
D:
O que é o Mauna (silêncio)?
M:
O estado que transcende a fala e o pensamento é Mauna; é meditação sem
atividade mental. Subjugação da mente é meditação; meditação profunda é o
discurso eterno. O silêncio é a fala ininterrupta, é o fluxo perene da
"linguagem". Ele é interrompido pelo fala r, porque as palavras obstruem
essa 'linguagem' muda.
Palestras
podem entreter as pessoas por horas sem torná-las melhores. O silêncio, por
outro lado, é permanente e beneficia a toda a humanidade. . . por silêncio se
entende eloquência. Palestras não são tão eloquentes quanto o silêncio. O
silêncio é a eloquência incessante. . . é a melhor linguagem. Há um estado em
que as palavras cessam e o silêncio prevalece.
D:
Como então podemos comunicar nossos pensamentos um ao outro?
M:
Isso se torna necessário se o senso de dualidade existir...
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